Opções de inscrição

Infâncias e interseccionalidades

Infâncias e interseccionalidades

EMENTA
O objetivo da disciplina é refletir com a infâncias na interseccionalidade das categorias: gênero, raça, classe, orientação sexual, etnias, religião, geração, entre outras. Consideramos as crianças como atores sociais de pleno direito, e não como menores, componentes acessórios ou meios da sociedade dos adultos. Reconhecemos a capacidade de produção simbólica delas e a constituição das suas representações e crenças em sistemas organizados, isto é, em culturas. Destacamos, ainda, que a infância não é uma experiência universal de qualquer duração fixa, mas é diferentemente construída em diferentes contextos históricos, sociais, econômicos e políticos, exprimindo, assim, as diferenças individuais. Com isso, desejamos novas produções epistemológicas, éticas, estéticas e políticas que contrariem lógicas coloniais e excludentes em nossa sociedade, particularmente, no modo de pensar as infâncias.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Pólen Livros, 2019.
ARAÚJO, Joel Zito. A força de um desejo – a persistência da branquitude como padrão estético audiovisual. Revista USP, São Paulo, n. 69, março∕maio, 2006.
BUTLER, Judith. (2010). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade (3a ed., R. Aguiar, Trad.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética (R. Bettoni, Trad.). Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia (1a ed., C. Rodrigues, Trad.). Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2018.
CAPUTO, Stela Guedes. Fotografia e outros desafios digitais nas pesquisas com crianças. Aracaju. Revista Interfaces Científicas. v. 8. N3. 2020.
CAPUTO, Stela Guedes. Reparar Miúdo, Narrar Kékeré: Notas sobre nossa fotoetnopoética com Crianças de Terreiros. Revista Teias, v. 19, n. 53, abr./jun. 2018.
CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos terreiros e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
CAPUTO, Stela Guedes. Educação em terreiros de candomblé – contribuição para uma educação multicultural crítica. In: CANDAU, Vera Maria. Educação Intercultural e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque (Org.). Pensamento feminista – conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019, p. 325-333.
CRENSHAW, Kimberle. Documento para encontro de especialistas em Aspectos da Discriminação Racial relativos ao Gênero. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.
COLLINS, Patrícia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Tradução Ran Souza – 1.ed. – São Paulo: Boitempo, 2021.
DEI, George J. Sefa; JOHAL, Gurpreet Singh(org). Metodologias de Investigação Antirracistas – Questões Críticas. Portugal: Edições Pedagogo, 2008.
FAVERO, Sofia. Crianças Trans. Bahia: Editora Devires, 2023.
FAVERO, Sofia. Pesquisando a dor do outro: os efeitos políticos de uma escrita situada. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15 (3). São João del-Rei, julho-setembro de 2020. Ed. 3518.
FRANKLIN, Bob (1995). The case for children's rights: a progress report. In Bob Franklin (Ed.), The Handbook of Children 's Rights. Compa-rative Pollcy and Practice. (3-22) London. Routledge.
FRANKLIN, Bob (Ed.) (1995). The Handbook of Children's Rights. Comparativa Policy and Practice. London. Routledge.
GEERTZ, Clifford (1973/1989). A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro. Guanabara. (Trad. port).
GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização Flavia Rios, Márcia Lima – 1ª ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
KLEIN, Ana Maria; COSTA, Juliana dos Santos. Interseccionalidade e imagens de controle: os conceitos de raça, gênero e infância e a constituição da autoidentificação de meninas negras. Revista Educação e Emancipação. São Luís, v. 16, n.3, set.∕dez.2023.
LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, 2001.
LUGONES, María. Colonialidad y género. Tabula Rasa, Bogotá, Colômbia, n. 9, p. 73-101, jul./ dez. 2008.
MORUZZI, Andrea; ABRAMOWICZ, Anete. Pode a criança falar? Sobre feminismos subalternos, infâncias e educação infantil. Revista Teias, v. 24, n. especial, abr.∕jun. 2023.
SARMENTO, Manuel Jacinto. Metodologias visuais em ciências sociais e da educação. In: TORRES, L. e PALHARES, J-A. (org.). Metodologias de Investigação em Educação e Ciências Sociais. Braga: Húmus, 2014.
SARMENTO, Manuel; GOUVEA, Maria Cristina Soares. Estudos da Infância, Educação e Práticas Sociais. Petrópolis: Vozes, 2008.
SARMENTO, Manuel; PINTO, Manuel. As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In: PINTO, M.; SARMENTO, M.J. (coords.) As crianças: contextos e identidades. Braga: Universidade do Minho, 1997.
YORK, Sara Wagner, TIA, VOCÊ É HOMEM? Trans da/na educação: Des(a)fiando e ocupando os "cistemas" de Pós-Graduação. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.

Visitantes não podem acessar este curso. Por favor faça login.