Gênero, Interseccionalidades, Equidade e Políticas de Formação I
EMENTA
A disciplina aborda concepções de gênero e mulheres, teorias feministas e o corpo, feminilidade e mulheridade, raça/etnia, classe, sexualidade e seus aspectos geracionais, problematizando as desigualdades constitutivas da sociedade brasileira, buscando na compreensão das interseccionalidades discutir suas manifestações nas relações entre os sujeitos. O curso parte da discussão sobre a cultura de produção da diferença e a naturalização da desigualdade, fazendo um diálogo entre os marcadores político-sociais e as interseccionalidades.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? São Paulo: Ed. Letramento, 2018.
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019. 152p. (Feminismos Plurais / coordenação de Djamila Ribeiro).
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
ALMEIDA, Tânia Mara Campos. 'Gênero' e 'raça' nas relações e desigualdades sociais - noções preliminares. In: Lourdes Bandeira; Mariza Motta; Edson Farias. (Org.). Encontros com a Sociologia. Brasília: Selo SOL, 2019, v. 1, p. 53-77.
ALMEIDA, Tânia Mara Campos; CREMONA, Florencia Maria. Ideologia de gênero, comunicação e educação no Brasil e na Argentina. In: Kátia Belisário; Dione Moura; Liziane Guazina. (Org.). Gênero em Pauta: Desconstruindo Violências, Construindo Novos Caminhos. Curitiba: Appris, 2019, v. 1, p. 29-38.
ARUZZA, Cinzia. BHATTACHARYA, Tithi. FRASER, Nancy. Feminismo para os 99%. Um Manifesto. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.
BANDEIRA, Lourdes. Feminismo: Memória e História. In: SALES, Celecina et al (Orgs). Feminismo, Memória e História. Fortaleza, Imprensa Universitária, 2000.
BAPTISTA, J. T; BOITA, T; ESCOBAR, G. V, et al. Sexualidade, gênero, raça eclasse no Instituto Brasileiro de Museus (Ibram): por uma guinada queerinterseccional e decolonial (texto base para o dossiê “Memória, Museologia LGBTQIA+e Museus Nacionais”). Anais do Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, vol. 57, p. 1-20, 2023.
BENTO, Cida. O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BUTLER, Judith: Problemas de Gênero. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 2003.
BUTLER, Judith. Regulações de Gênero. Cadernos Pagu, Jan- julho 2014, p.249-274.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DAVIS, Ângela. O legado da Escravidão: parâmetros para uma nova condição da mulher. In Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016. p.15-41
DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e política. São Paulo: Boitempo, 2017.
DEL PRIORE, Mary (org.). História das mulheres no Brasil. 9.ed. São Paulo: Contexto, 2007.
GONZALEZ, Lélia. “Por um feminismo afro-latino-americano”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2020.
GONZALEZ, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano. Organização: Flávia Rios; Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
HARTMAN, Saidiya. Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. São Paulo: Fósforo, 2022.
HARTMAN, Saidiya. O Tempo da Escravidão. Revista Periódicus, 1(14), 2021.
HARTMAN, Saidiya. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social. Revista de Sociologia da USP. v. 26, n. 1., jun. 2014.
hooks, bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, n.16, p. 193- 210, Brasília, janeiro - abril de 2015.
hooks, bell. Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva, 2019.
hooks, bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Elefante, 2020.
LORDE, Audre. “Não existe hierarquia de opressão”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
LORDE, Audre. Irmã Outsider: Ensaios e Conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
LOURO, Guacira L. (Org). O Corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
NOGUEIRA, Conceição. Interseccionalidade e psicologia feminista. Salvador, Bahia. Editora Devires, 2017.
PASINATO, Wânia. Oito anos de Lei Maria da Penha. Entre avanços, obstáculos e desafios. Estudos Feministas, Florianópolis, maio-agosto/2015, p. 533-545. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ref/v23n2/0104-026X-ref-23-02-00533.pdf
PRUBIN, Gayle. O Tráfico de Mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. In: PRUBIN, Gayle. Políticas do Sexo, São Paulo, Ubu Editora, 2017.
RIBEIRO, Djamila. O que é: lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, Justificando, 2017.
SARDENBERG, Cecília. Caleidoscópios de gênero: Gênero e interseccionalidades na dinâmica das relações sociais. Mediações. V.20, n.2, p. 56-96, jul.-dez., 2015.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-100, 1995. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71721/40667.
SILVA, Salete Maria da. Eleições 2018: o lugar das mulheres nas chapas majoritárias. Revista Cadernos de Gênero e Diversidade. vol. 04, n. 04, out.-dez., 2018. Disponível em https://portalseer.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/29349/17491
VIANNA, Cláudia; BORTOLINI, Alexandre. Discurso antigênero e agendas feministas e LGBT nos planos estaduais de educação: tensões e disputas. Educação e Pesquisa, v. 46, p. 1-25. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-4634202046221756