Pesquisa e Prática Pedagógica em Ciências Sociais e Educação

Ao escrever a carta para a professora que marcou a minha vida de forma autoral, revivi diversos momentos e sentimentos que estavam guardados com muito carinho dentro de mim. Me recordei da aparência de minha professora e consegui quase que ouvir a sua voz novamente.
Já gerando a carta com o mesmo objetivo através da IA com um prompt simples, notei que ela ficou extremamente genérica, vaga e vazia. Fazendo uso de frases como por exemplo “Escrevo esta carta com o coração cheio de gratidão e respeito para lhe dizer algo que há muito tempo venho sentindo: o(a) senhor(a) marcou a minha vida de uma forma que poucas pessoas marcaram.” Ao refinar o prompt e receber uma nova versão da carta notei que as únicas mudanças foram, basicamente, a adição das informações que foram dadas por mim.
Durante nossa conversa reafirmei a importância da autoria humana de um texto, julgando ético o uso da IA como apoio para questões que não dizem respeito a criatividade, logo, que uma vez a ideia sendo da IA a autoria deixa de ser nossa. Acredito, também, que textos de autoria humana possuem mais qualidade devido a nossa aproximação e vivência com relação a aquilo que estamos escrevendo.
Quando a IA escreveu a carta por mim eu senti que a minha criatividade foi limitada e deslocada pois uma ferramenta estava escrevendo uma carta sobre algo que eu vivi, o que é impossível. Algo com a escrita tão pessoal não pode ser escrita de outra forma se não pela própria pessoa. Logo, a minha autoria foi reduzida já que nada do que continha na carta foi escrito e sentido por mim.

A aula que tivemos sobre IA me fez refletir sobre como é importante escrevermos sem a ajuda dela, pois nada se compara à nossa própria escrita, que carrega muito de nós: criatividade, tempo e carinho. Isso ficou muito calor ao comparar o texto que fiz para a minha professora com o texto que pedi para a IA fazer, ela me entregou um texto totalmente vago e repetitivo conforme fui pedindo para acrescentar mais detalhes.
Acredito que a IA surgiu para ajudar, mas precisamos aprender a usá-la de forma que não nos prejudique na vida, principalmente acadêmica. É de extrema importãncia que sejamos verdadeiros com nós e com o próximo, entregando sempre o que sabemos e utilizando a IA apenas como recurso, não como uma necessidade para tudo.

Ao escrever a carta para minha professora da infância tive dificuldade em saber o que abordar, em lembrar de fatos ocorridos naquela época para além dos sentimentos. Levei um tempo para selecionar ideias e palavras, mas consegui escrever e achei que ficou bom. Ao gerar a carta com IA usando um prompt simples percebi que foi gerada uma carta genérica, que se aplicaria a qualquer pessoa. Algumas coisas não eram verdade para mim, mas poderiam ser. O destinatário nunca saberia se tratar de algo irreal. Quando refinei o prompt coloquei o nome da professora, sentimentos, fatos e o nome da escola. Isso tornou a carta fiel aos meus sentimentos e aos acontecimentos, dando veracidade tanto para mim e quanto para a destinatária. A diferença é que a IA e eu temos formas diferentes de estruturar o texto e de expressar ideias. Se o destinatário estivesse acostumado a ler meus textos veria que não fui eu que escrevi. Mas caso contrário, poderia se passar como um texto de minha autoria. Assim, entendo que não ser ético usar a IA para fazer textos acadêmicos e publicálos porque não são autorais, embora a qualidade do texto seja incontestável. Sem dúvida a IA limita minha criatividade e reduziu minha autoria. Acho que ela centralizou meu ponto de vista criativo, não havendo espaço para criar nada diferente do que ela escreveu. O texto fica tão coeso e coerente que não consigo colocar nele elementos novos ou diferentes.

Tive dificuldade para escrever a carta para a professora que marcou a minha vida por não saber como abordar oque eu queria dizer. Nunca expressei meus sentimentos a ponto de escrever cartas então me senti um pouco travada.
Quando escrevi sem um prompt para a IA reproduzir uma carta, logo a Meta me pediu para definir o que eu queria dizer na carta para ela conseguir produzir uma. Ou seja, não conseguiu escrever sem um prompt.
Depois da primeira tentativa pedi que escrevesse em forma de agradecimento para uma professora de Curso Normal que me ajudou em momentos difíceis no último ano do ensino médio. E sinceramente, foi bem ruinzinho. Achei sem sentimento. O prompt não melhorou em nada o resultado, me entregou uma carta simples apenas agradecendo e adicionando "ensino médio, curso normal".
Eu ainda acredito que a inteligência artificial pode ajudar em questões de gramática - pontuação, por exemplo.
Se acontecer de eu mesma escrever a carta e enviar pedindo para a IA deixa lá mais fluida, ou, mais coerente sem alterar o que eu quero dizer e muito menos alterar todo o texto para não acabar com a minha autoria, acho válido.

Escrever a carta para a minha professora inspiradora foi um momento de resgate de memórias, em que lembrei da minha adolescência, como me sentia e até mesmo os motivos que me trouxeram onde estou. A carta foi um espaço sensível para mim, onde demonstro sentimentos e lembranças. Com a IA senti que essa pessoalidade e emoção se desfez ao não ter mais as minhas vivências e experiências, mas sim um discurso pronto e engessado. Quando refinei o prompt, acredito que melhorou um pouco o que antes estava escrito, mas ainda tinha o toque da inteligência artificial que deixava as frases muito genéricas, totalmente diferente do que eu mesma havia escrito. A IA pode dar um rumo, um guia de como poderia ser a carta, pequenos auxílios à criatividade, mas não ser a autora total da carta, principalmente se tratando de algo tão profundo. Acredito que o uso da IA pelos estudantes é inevitável, eles usarão querendo ou não, então nós enquanto educadores precisamos saber ensinar os alunos a usar da melhor forma para que eles possam aprender com ela. A inteligência artificial pode sim potencializar o ensino-aprendizagem, ajudar a pensar ideias de planos de aula, fazer jogos com os estudantes, ajudar a pensar questionários, mas nunca poderá substituir a experiência e conhecimentos de um educador real.

Escrever a minha carta autoral foi como expressar meus sentimentos, acessei antigas memórias, e o principal foi que houve uma reflexão naquele momento, no qual me fez ficar melancólica e nostálgica. Acredito que, se eu tivesse utilizado a IA para criar essa carta, eu não teria vivido toda essa experiência. E consequentemente, não exercitaria a minha parte intelectual, seria eu menos crítica e reflexiva.
A inteligência artificial torna trabalhos acadêmicos em algo padrão, algo esperado… Já a inteligência humana, intelectual, emocional e a reflexão formam algo original/ único, e isso é uma dádiva. Acredito eu que, nenhuma IA pode ser aquilo que um ser humano tem a capacidade de ser.
Mas, a IA de certa forma, pode sim potencializar o ensino - aprendizagem, se for usada com cautela e de formas inteligentes, ao seu favor no sentido de desenvolvimento intelectual, não de “copia e cola”.

Na comparação das cartas deu pra perceber que a IA consegue passar bem a ideia de gratidão e até organiza os pensamentos de um jeito bonito. Só que em alguns momentos o texto fica meio artificial, parece muito certinho, sem aquele jeito mais pessoal que a gente usa quando escreve de verdade. Fica genérico, como se fosse uma carta que qualquer aluno poderia mandar, sem mostrar tanto a minha voz. Quando usei prompts mais detalhados o resultado melhorou bastante, porque aí apareceram coisas que eu realmente queria destacar, como a paciência e o carinho do professor. Então dá pra dizer que quanto mais informação eu passo, mais o texto fica parecido comigo e menos distante.

Ao escrever a carta de forma autoral, pude realmente expressar o carinho e a gratidão que tenho pela professora escolhida, colocando em palavras sentimentos que fazem parte da minha vivência. Quando utilizei a IA para criar a carta com um comando, percebi que o resultado foi distante do que eu gostaria de transmitir para a professora, a carta ficou sem sentido, perdeu a conexão com a minha realidade e não conseguiu refletir minhas emoções. Mesmo quando acrescentei informações mais específicas, a mudança foi pouca e ainda assim o texto não expressava de forma satisfatória oque eu queria. Com essa atividade, aprendi que a autoria tem um valor significativo, pois é nela que se constrói a autenticidade do texto. Fica evidente que a IA pode ser útil como apoio, mas não deve substituir a experiência pessoal de quem escreve. Quanto a criatividade, sinto que nessa atividade, a IA acabou limitando mais do que ajudando.
Ao invés de fortalecer meu texto pessoal, a IA acabou o enfraquecendo. Isso mostrou que, quando o assunto envolve emoção e lembranças afetivas, o toque autoral tem mais valor e funciona melhor.

Ao analisar os resultados, percebi que ambas as respostas tinham pontos positivos em termos de organização e clareza, mas, ao mesmo tempo, deixaram a desejar no aspecto mais importante que era a carga emocional.

Na versão sem orientações, a resposta soou extremamente genérica. O texto era fórmula pronta, como se pudesse ser enviada para qualquer professora do mundo, sem transmitir algo particular ou único. Não é atoa que, em sala, todos soaram exatamente iguais com a mesma estrutura, mudando somente as palavras e a ordem.

Já na versão com comandos, em que detalhes foram dados (por exemplo, o tipo de relação com a professora, memórias marcantes, ou agradecimentos específicos), o resultado foi mais rico e direcionado. Havia maior personalização, o que fez a carta parecer menos automática. No entanto, mesmo com essa melhora, ainda senti que o texto carecia de “alma”.

Ou seja, ainda que não estivesse óbvio que foi escrito por uma inteligência artificial, faltava um toque subjetivo, a "imperfeição humana", que seria o natural. Mesmo que, ao tentarmos colocar o português mais correto possível em um texto, ainda sim dá para não soar "robótico".

Hoje em dia, mesmo fazendo trabalhos autorais na faculdade, ficamos com medo de soarmos como uma IA. Até porque, é ela quem se molda a forma que os humanos se conunicam.

A IA consegue perfeitamente fazer um texto com palavras bonita, "bem perfeitinho", e que expresse reconhecimento e gratidão pelo profissional mas sem emoção alguma. Mesmo que com detalhes, o texto fica faltando algo, fica perceptível a falta de sentimentos, a "magia" de quando algo é escrito de coração e palavras que só nós usaríamos (o meu texto ficaria mais evidente ainda, o professor em questão era de português, ele sabe exatamente como escrevo rs) Há uma diferença enorme de quando você escreve algo que verdadeiramente sente para algo superficial.
Escrever está carta para esse professor, que guardo no coração com tanto carinho, foi uma experiência incrível que reviveu memórias boas do meu tempo de escola. Me rendeu uma mensagem para o professor, uma troca de carinho muito boa e umas horinhas de conversa e atualização sobre a vida de cada um. Aproveitei para relembrar diversos momentos felizes e memoráveis.

Ao escrever minha carta com o auxílio da Inteligência Artificial, percebi que o texto gerado seguiu um padrão muito genérico, inclusive com o grupo. As emoções expressas pareciam artificiais e distantes da ninha experiência. A IA utilizou frases prontas e comuns, sem abordar características específicas que eu havia mencionado na minha carta original. Por isso, senti que o resultado perdeu a autenticidade e a linguagem afetiva que existia na minha própria escrita.

Ao escrever a carta para a professora que marcou a minha vida, foi um momento muito bom, porém no início não foi muito fácil para começar a produzir. Escrevi uma carta cheia de emoção e gratidão.
Foi um momento memorável e satisfatório!
Ao usar os prompts simples que a professora orientou, a carta feita por IA foi interessante, porém não como eu fiz, pois não passou a emoção que eu passei para as letras da minha carta.
Depois que useu vários prompts de acordo com o que eu queria que a IA escrevesse, escrita por IA, mas do meu jeito, a carta produzida foi surpreendente! Gostei muito! E a professora também!!Ficou uma carta com a minha cara! Além de emotiva, cheia de gratidão, também muito engraçada! Uma carta que eu enviaria com certeza e que se eu recebesse também iria gostar muito.
Creio que a IA veio não para fazer tudo, mas para auxiliar. Então temos que ter precaução ao usá-la.

Ao escrever a carta ao meu professor de maneira totalmente autoral, senti que o texto carregava coisas que jamais teria coragem de por em palavras, ele carregava a minha voz. Eu coloquei ali todos os meus sentimentos, minhas ideias, minhas hesitações, minhas felicidades e meus objetivos e isso se perde quando entramos com a IA. De fato quando a IA passa a ser utilizada, o texto ganha um pouco mais de fluidez e organização, mas perde o peso de memórias afetivas, e deixa distante do meu jeito natural de escrever.
Ao refinar o prompt, a diferença foi bem grande, quanto mais eu era especifica, mais o texto se tornava um pouco mais real e semelhante, ele se aproximava mais da minha intenção e do meu estilo, mas ainda parecia vago demais, ele não fornecia detalhes das minhas experiências, contava tudo de uma forma mais “concreta”, o texto ainda não parecia algo feito por mim, era vago demais. Penso que em si a IA não tira a criatividade, ela até ajuda de alguma forma, ela amplia um pouco as possibilidades e a capacidade criativa, ela ajuda quando as vezes não sabemos quais palavras utilizar pu até na forma de estruturar e organizar as minhas ideias, mas as vezes ela ainda não consegue alcançar o objetivo do meu pensamento. Já a autoria acho que permanece quando eu que assumo o controle, reviso, ajusto e escolho o que realmente se encaixa comigo.
Bem, no fim acredito que a ia pode ajudar sim a potencializar nossos pensamentos , mas de certa forma isso é perigoso demais quando se utilizado errado, porque é fundamental que o estudante continue sendo um sujeito ativo do processo, refletindo sempre o uso da tecnologia e mantendo sempre a sua voz própria.

Quando proposto escrever uma carta para um professor que marcou a minha trajetória, não senti dificuldade em realizar a atividade. Eu revisitei meu passado, minhas memórias e escrevi até com certa facilidade sobre o quando a docente foi e é uma figura inspiradora para mim – mesmo sendo difícil por em palavras a gratidão que tenho com ela e seu trabalho. Todavia, no momento em que fiz a atividade com o uso da IA – tanto com um prompt simples quanto com um mais complexo – obtive um texto com uma mensagem superficial, com um discurso menos criativo e potente do que eu escrevi. Tendo isso em mente, vou apresentar brevemente os resultados obtidos e uma reflexão que realizei.
Na primeira tentativa de utilizar a IA para escrita, seguindo o prompt “escreva uma para para uma professora”, recebi um texto de agradecimento genérico formado por períodos breves, sem sentimento ou profundidade de escrita: uma versão distante daquela que eu havia produzido. Em contraste, quando apresentei um prompt mais complexo – “escreva uma carta para uma professora da alfabetização que marcou a minha vida. No texto, de até uma página, mencione sentimentos como afeto e paciente, agradecendo a ajuda da docente.” – tive uma versão mais bem escrita que apresentou uma trajetória hipotética, ainda bastante genérica, um pouco mais composta que o texto anterior. Nesse novo escrito produzido, a IA manteve algumas das frases antes usadas mas produziu um texto mais coeso e profundo que o anterior. No entanto, mesmo sendo diferentes e tendo níveis de complexidade de escrita distintos, afirmo que ambas as versões conseguiram transmitir e expressar o sentimento de agradecimento, porém de uma forma rasa e superficial.
Reconhecendo o apresentado, me pus a refletir sobre o uso da IA na realização de textos. Por mais rápido e prático que seja recorrer ao uso da ferramenta, o texto resultante não tem a mesma potência que a autoria humana: a IA, mesmo seguindo um prompt complexo, produz um texto genérico e sem muita criatividade quando em comparação. Nesse sentido, encaro que a IA pode ser útil na revisão da coesão do texto ou da ordem gramatical, mas quando o assunto é a realização completa de um trabalho acredito que está, por enquanto, ainda não é capaz de fazer um texto tão complexo, sentimental e profundo quanto aqueles produzidos pelas mãos e mentes humanas.

Foi proposto na aula, que fizéssemos comparações com nossa carta original para um professor que marcou nossa vida e depois colocássemos a IA para reescrever essa carta. A IA até tentou, mas ficou algo genérico e meio "robotizado", percebo que em relação ao português correto, ele melhorou, mas acredito que nada se compara a escrever cartas sentimentais assim com nossas próprias palavras e próprios sentimentos, pois fica algo mais verdadeiro e significativo.